Tudo sem um pingo de remorso.
Quem me conhece sabe que nunca fui assim. Sempre dei segundas, terceiras e décimas chances pra todo mundo. Sempre compreendi os erros alheios. Chorei e sofri junto. E passei a mão da cabeça de quem fingia querer o meu bem.
Estou mentindo?
A verdade é que, se me analisarem hoje, eu virei outra pessoa. Sou quase a mesma de sempre, mas sinto que não sou mais boazinha. Minha tolerância acabou, minha intuição fareja à distância uma cabecinha ruim. Não aceito mais ser amiga de stalkers, de gente mal-resolvida e que me ferra pelas costas. Não tenho raiva de ninguém, mas minha prioridade agora é só uma: EU.
Podem me chamar de egoísta, eu aceito.
Mas chega uma hora na vida que a gente tem que parar de ser boa com os outros e ser boa - primeiramente: com a gente!
Fiquei amarga? Não mesmo. Agora eu sou prática.
- Vacilou? A porta está aberta, meu bem. Sem dó nem piedade...''
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