Eu gostaria de ir embora para uma cidade qualquer, bem longe daqui, onde ninguém me conhecesse, onde não me tratassem com consideração apenas por eu ser “a filha de fulano” ou “a neta de beltrano”. Onde eu pudesse experimentar por mim mesma as minhas asas para descobrir, enfim, se elas são realmente fortes como imagino. E se não forem, mesmo que quebrassem ao primeiro vôo, mesmo que após um certo tempo eu voltasse derrotada, ferida, humilhada - mesmo assim restaria o consolo de ter descoberto que valho o que eu sou.
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